domingo, 20 de março de 2016

Tem coisas na vida que você sabe que não deve fazer, mas faz...

Em suma, antes de qualquer coisa, o que eu quero, mas ainda não tive tempo de fazer, é criar um espaço para divulgação artística e cultural. Seja qual for. Por enquanto, vai um poeminha que fiz tão rápido que nem deu tempo de saber se está razoável. Sem dedicatória, mas tendo. Que fique subentendido.


Angel


Não é por ter esquecido
Que a plena noção de sentido
Perde a devida frequência

Sinto veementemente, que estou num momento indevido
E devo isso, traçando em miúdos
À um leve momento onde me deixei levar

Ao fundo escuto Angel
E são tantas as canções com esse nome
Que deixo ao imaginar de quem quiser adivinhar
Essa lépida trilha

Quero trilhar em passos lentos
Seguindo não em frente, mas ao largo
E para trás, recuperando em memórias
Compartilhadas ao único tangível, Miro
E à tantas que perpassam, Madalenas

Eu lembro de ti, com um Q de mistério
Algo que meramente ao estar, se firmava
E se instalava em meu pensar
E eu queria, pois eu estava ali
Parado, centrado, em silêncio, mas cantando
Admirando, sem saber

Ao teu intento, re-invento
Esse momento é muito mais que recordar
É sentir na pele, e com direito a fundo musical
Que qualquer momento à sós pode ser uma cena de cinema
Se houver, na sua frente, o real ausente
Mas presente...
Eu falo, às vezes eu desdigo, mas reafirmo, e me calo
Fica no ar
Uma certeza

Pra que falar tanto,
Se nós falta apenas um gesto?

(Gutch Costa)

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